1. O que é o procedimento de Ressonância Magnética?

A Ressonância Magnética é um dos exames mais avançados em diagnóstico por imagem, que reproduz com precisão e alta definição as diversas partes do corpo humano, através da utilização de um campo magnético. No exame de Ressonância não há radiação ionizante, sendo esta uma vantagem em relação à maioria dos exames de imagem. Além disso, é um exame inofensivo e indolor.

2. Como é realizada a Ressonância Magnética?

Primeiramente, o paciente deverá responder a um formulário com dados pessoais. Neste processo, serão obtidas algumas informações sobre possíveis objetos que possam estar presentes em seu corpo, como marcapasso cardíaco, clipes de aneurisma cerebral, neuroestimuladores, aparelhos auditivos, fragmentos de projéteis de arma de fogo, piercings e até mesmo tatuagens. Dependendo da localização desses objetos, e de alguns outos fatores, o exame poderá ser contraindicado, ficando sob responsabilidade do médico radiologista a decisão final.

Para a realização do exame, o paciente também deverá retirar seus pertences pessoais, como próteses dentárias móveis, relógio, carteira, moedas, canivete, joias, chaves, cartões de crédito, telefone celular, entre outros, e guardá-los no armário / vestiário. Sem qualquer objeto de metal, deverá vestir a roupa específica para a realização do exame (oferecida pela clínica) e trancar o armário onde guardou seus pertences. Essas medidas são essenciais, pois o equipamento de Ressonância Magnética é um ímã de alta potência que atrai metais, podendo assim colocar a segurança de colaboradores e pacientes em risco.

Antes da realização da Ressonância Magnética, um de nossos colaboradores fará uma entrevista com o paciente a fim de que o mesmo relate sinais e sintomas do problema que o levou a fazer o exame, assim como doenças e tratamentos prévios. Caso o paciente tenha trazido exames anteriores, deve apresentá-los juntamente com o formulário preenchido.

Depois de todas essas orientações prévias, o paciente deverá ficar deitado sobre a maca. Uma peça chamada bobina será colocada ao redor da região a ser examinada e a maca deslizará para o interior do aparelho. O túnel da máquina de Ressonância Magnética permanecerá aberto e a iluminação e a ventilação continuarão ligadas durante o exame. Enquanto estiver realizando as imagens, o aparelho fará um barulho alto e contínuo. Para evitar desconforto, será fornecido um protetor de ouvidos ao paciente.

A realização desse exame exige que o paciente permaneça imóvel e, em alguns casos, suspenda a respiração por um determinado período. Também pode haver necessidade de administração de contraste por meio da punção de uma veia do braço.

O tempo para a realização do exame de Ressonância Magnética varia entre 20 e 30 minutos. Durante todo o procedimento, o paciente terá acesso a uma campainha que pode ser acionada se houver necessidade.

3. Quais as possíveis complicações e riscos da Ressonância Magnética?

Durante a injeção do contraste é comum que o paciente sinta o líquido percorrendo a veia. As reações adversas ao uso do contraste são extremamente raras, porém podem ocorrer. Na maior parte das vezes, são efeitos leves como coceira, náuseas, vômito, urticária, vermelhidão na pele, espirros e inchaço da pálpebra. A equipe de profissionais do CEDI está preparada para identificar e cuidar das eventuais reações alérgicas.

4. Quem não pode realizar o exame de Ressonância Magnética?

Existem algumas contraindicações absolutas ao exame, dentre elas: portadores de marcapasso, desfibrilador implantável, neuroestimuladores, aparelhos auditívos não removíveis, fixadores ortopédicos externos metálicos não removíveis e outras.

Existem algumas contraindicações relativas, ou seja, aquelas que não são proibidas, mas que devem ser comunicadas ao profissional durante a entrevista, para que o médico radiologista avalie a indicação e decida sobre a realização ou não do mesmo. Conheça algumas delas:

- Gestantes ou mulheres que possam estar grávidas;
- Pessoas que possuam em seu corpo projétis ou rastilhos metálicos por ferimento de arma de fogo;
- Pacientes com mais de 180 quilos necessitam de uma avaliação prévia devido ao limite de peso e diâmetro de cada equipamento;
- Pessoas com tatuagem ou maquiagem definitiva devem comunicar, durante a entrevista, o local e a dimensão dessas marcas no corpo.

5. Quais os cuidados após o procedimento de Ressonância Magnética?

Não há cuidados específicos.

6. Agendamento e orientações antes do exame:

Qualquer exame de Ressonância Magnética deve ser agendado através do pré-agendamento online ou da nossa Central de Atendimento, através dos telefones (22) 2773-0020 / (22) 2123-0020, disponível de segunda a sexta-feira, das 7h às 19:30h.

Vale lembrar que existe um preparo específico para cada tipo de exame, sendo as orientações feitas durante a marcação do mesmo.

Contraste é uma substância que permite a melhor visualização de certos tecidos do corpo humano. Ele é, em muitos casos, fundamental para uma boa avaliação radiológica. O contraste utilizado na Tomografia é o iodo, e na Ressonância é outra substância totalmente diferente, chamada gadolínio.

Reações adversas, apesar de muito pouco frequentes, podem ocorrer. Caso ocorra, haverá o contato imediato com um médico do CEDI, que irá orientar cada caso individualmente, para sua total recuperação.

Pessoas alérgicas podem fazer um preparo antialérgico que não elimina, mas minimiza o risco de alergia. Seu médico pode indicar esse preparo, ou o assistente de marcação do CEDI, no momento de sua marcação, passará sua história a algum médico da clínica e este decidirá se recomenda ou não o preparo. Ao marcar, não se esqueça de destacar seu histórico de alergias.

Nunca nenhum estudo científico comprovou se a ação de um campo magnético forte é capaz de provocar danos ou malformação em fetos com menos de doze semanas (3 meses), mas ainda não há um consenso definitivo. Por isso, evitamos fazer o exame em gestantes até doze semanas, protelando-o. A Ressonância em gestantes acima de doze semanas é permitida, e representa grande utilidade para a verificação de eventuais malformações do feto.

Os exames de Tomografia em pacientes grávidas não são proibidos, mas é necessário haver uma indicação clínica precisa para a realização deles. Técnicas de diagnóstico alternativas que não utilizem radiação ionizante (ultrassom, ressonância, entre outros) devem ser consideradas. No entanto, se o exame de tomografia está devidamente justificado, todos os esforços precisam ser feitos para otimizar o exame, minimizando a exposição do feto.

Os exames que requerem a exposição direta do feto ao feixe primário, como exames da região abdominal, são os que merecem maior atenção e cuidado. Para exames em regiões afastadas da área fetal, a radiação espalhada recebida pelo feto será muito pequena, desde que o procedimento seja conduzido adequadamente.

É importante ressaltar que em procedimentos devidamente otimizados, as doses recebidas pelo feto são muito inferiores a 100 mGy, que corresponde ao limiar estabelecido em recomendações internacionais. Desta forma, os exames de Tomografia não deverão estar associados a um aumento de anomalias ou de morte fetal.

Quando realizada adequadamente, os benefícios de uma Tomografia Computadorizada excedem em muito os riscos. A Tomografia com protocolo pediátrico (baixa dose de radiação) pode fornecer informações detalhadas para diagnosticar, planejar o tratamento e avaliar as condições clínicas do paciente. Além disso, pode eliminar a necessidade de uma cirurgia exploratória.

O risco de se acompanhar um paciente em um exame de Tomografia é muito baixo. No entanto, qualquer exposição desnecessária à radiação deve ser evitada. A permanência de um acompanhante na sala durante o procedimento somente deve ser autorizada quando for estritamente necessária para a realização do exame. Quando a presença do acompanhante for indispensável, todas as medidas de proteção radiológica devem ser adotadas de forma minimizar a sua exposição à radiação. O técnico deve ser avisado se houver possibilidade da acompanhante estar grávida, para evitar sua exposição.

Atualmente, não há evidências científicas conclusivas de que exista uma relação entre o aumento da probabilidade de desenvolvimento de um câncer e a aplicação de radiações ionizantes em procedimentos diagnósticos de baixas doses.

Existe um consenso de que o benefício de obter um diagnóstico com precisão, o qual permita definir a conduta clínica mais adequada para o tratamento do paciente, supera em muito, os riscos potenciais desta técnica radiológica.

Para maximizar os benefícios das aplicações da radiação em diagnóstico, os procedimentos devem ser bem justificados e otimizados. O CEDI prima pela constante otimização de protocolos, a fim de empregar a menor dose possível ao paciente, sem perder nossa reconhecida qualidade de imagem requerida para o diagnóstico.

Recentemente, surgiram na mídia matérias sugerindo uma relação entre Mamografia e aumento da incidência de câncer de tireoide. Essas reportagens têm gerado dúvidas quanto à necessidade do uso de protetor de tireoide durante a realização da Mamografia. Sobre esse assunto é importante reafirmar:

1) Não existem dados consistentes que demonstrem que uma mulher submetida a mamografia tenha aumento do risco de câncer de tireoide.

2) A dose de radiação para a tireoide durante uma mamografia é extremamente baixa (menor que 1% da dose recebida pela mama). Isto é equivalente a 30 minutos de exposição à radiação recebida a partir de fontes naturais.

3) Com base nesses dados, o risco de indução de câncer de tireoide após uma mamografia é insignificante (menos de 1 caso a cada 17 milhões de mulheres que realizarem mamografia anual entre 40 e 80 anos).

4) Além disso, o protetor de tireoide pode interferir no posicionamento da mama e gerar sobreposição – fatores que podem reduzir a qualidade da imagem, atrapalhar o diagnóstico, e levar à necessidade de repetições de exames.

5) Em nota, a Agência Internacional de Energia Atômica destaca: ”Na Mamografia moderna, há uma exposição insignificante para outros locais que não seja a mama. O principal valor da utilização dos protetores de radiações é psicológico. O protetor não deve ser mantido em exposição na sala de exame. A presença dos aventais e colares na sala de mamografia pode sugerir que seu uso é uma prática aceitável, o que não é o caso.”

Portanto, o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, reiteram a posição de NÃO RECOMENDAR O USO DO PROTETOR DE TIREOIDE EM EXAMES DE MAMOGRAFIA. Essa posição está de acordo com a conduta de outras entidades internacionais: American College of Radiology, American Society for Breast Disease, American Thyroid Association e International Atomic Energy Agency.

É fundamental levar exames anteriores, pois a análise conjunta desses exames com os atuais complementa o estudo. O médico radiologista utiliza os exames anteriores para comparação e elabora um relatório mais completo, que pode fornecer informações referentes à evolução de alguma doença ou ao aparecimento de alterações. Em alguns casos, podemos solicitá-los posteriormente, não significando, necessariamente, algo insatisfatório ou grave.